Sala principal

A sala é rústica; seus piso, paredes e teto são em sua totalidade compostos por madeira polida. Neste cômodo há um sofá e uma poltrona; um televisor sobre a prateleira. A iluminação é feita por dois lustres e lâmpadas laterais. Há uma mesinha central entre os dois assentos e uma árvore cerrada no canto esquerdo (de quem entra) onde é fixado um relógio de ponteiro para informar as horas ao proprietário. Alguns quadros na parede compõem a decoração.

ㅤㅤ Após uma demorada caminhada floresta a dentro, Hënker vislumbrava o pátio de cem metros, onde a casa situava-se no centro. Com passos lentos e fora de sincronia, o elfo dirigia-se até a varanda frontal da moradia. Pegava em seu bolso a chave e destrancava a porta. Como ato subsequente a abria. Antes de estrear a casa, o jovem se despia parcialmente, trajando apenas a roupa íntima mais as bandagens feita por Cinnunt na Sagrada Taurë. Como a casa era de madeira, seria um pecado deixá-la toda molhada, por isso havia tirado a roupa. Sacudia o cabelo tirando o excesso de água e assim finalmente sentia-se a vontade para entrar.
ㅤㅤ Pisava cuidadosamente pela sala e então fechava a porta. Trancava-a. Trazia suas vestimentas na mão esquerda. Abria a roupa sobre a árvore que havia na sala, cobrindo assim o relógio. Logo em seguida caminhava para o centro do cômodo e sentava-se no sofá. Retirava a mochila das costas e a deixava no braço do móvel. Em seguida pousava o rosto em sua bolsa, deitando então no sofá, como se fosse sua cama. Como estava cansado e ferido, acabara caindo no sono por ali mesmo. Os lumys também se preparavam para dormir. Todos os três buscaram conforto na poltrona que ficava diante do sofá de Hënker.

ㅤㅤ A manhã foi responsável pelo descanso do jovem. Durante a tarde ele acordou, mas manteve-se de repouso. A noite chegou e ele ainda não se sentia muito bem ainda, mas o tempo seguiu sua função e enfim era chegada a hora de tomar uma atitude. – Ai, ai. Já tá bom. Vou tomar o medicamento. Levantou-se do sofá onde estava e foi até a cozinha buscar o que precisava.

ㅤㅤ Após ter tomado a poção, voltava da cozinha e apenas pegava sua calça estendida sobre a árvore cortada na sala. Vestiu-a e convocou os lumys para um passeio noturno. Os pequenos gnomos subiram em seu dono, que caminhou até a porta e enfim saiu de casa. Antes de procurar algo para fazer, trancou a casa. Então foi-se a perder no meio da floresta.

Samantha saiu do Jardim de Lummys em direção a Olva, esperando
encontrar seus dois companheiros de viagem. Entretanto se viu sozinha por
lá. Como o drianel de antes havia lhe oferecido sua morada como abrigo
temporário, decidiu seguir sua trilha para encontrar a dita casa. Quando por
fim se aproximou de uma mimosa construção de madeira, ela se deu conta
de que havia chegado ao destino. Abriu cuidadosamente a porta da frente
temerosa de que o drinael estivesse lá. Na realidade ela tinha outros objetivos
na casa dele... além de passar a noite - Olá? Tem alguém em casa? OOOI? -
esperou não obter resposta.

Apenas o eco de sua voz se fez presente. O lugar estava terminantemente vazio.
- Hum! É a minha deixa! Deve haver algo de valioso por aqui! Hum, vejamos ... - saindo
para explorar a casa não muito grande, mas também não muito rústica, pois a sala, ao
menos, apesar de não ser ricamente ostentada, era quentinha e aconchegante e muito
bem mobiliada - acho que se for para esconder um tesouro a sala de estar não é o
melhor lugar... vamos tentar no quarto dele, hihihi

ㅤㅤ – Ai, ai... Hoje o dia foi bem cansativo. Era a primeira frase dita pelo rapaz que acabava de chegar em casa após uma visita pelo quartel general de Mirakel. Estava muito animado para servir com muita bravura ao seu exército, mas o dia não tinha sido tão alegre quanto era normalmente; com muitas aventuras e desafios, por isso parecia um pouco abatido.
ㅤㅤ Os pequenos lumys, já saltavam do corpo de seu dono e iam para a mesa de centro, onde dormiriam novamente. – Boa noite rapazes. Durmam bem. Dizia enquanto bocejava e encaminhava-se até seu quarto. – Hmm... Tô sentindo um cheiro diferente... Que estranho, devo estar muito cansado mesmo. O perfume ficava mais perceptível a cada passo dado em direção ao seu quarto.

Voltando à sala de estar, ela se jogou no sofá, completamente entediada.
Em momentos como aquele ela já estaria na taverna, curtindo tudo o que Arthas
tinha de melhor: bebidas, festas e todo tipo de porre. Agora estava ali, largada e
completamente ociosa. Ficou olhando para os lummys que dormiam tranquilamente
na mesinha central. Até poderia roubá-los, mas com toda certeza seria pega mais
tarde. Afinal ainda sairiam juntos. Quando? Ela não sabia. Só sabia que tinha que
arranjar algo pra fazer.

ㅤㅤ Saía do quarto o quanto antes e já pulava para a sala. Mirava a mesa de centro ainda um pouco cansado, mas conseguia ver os três pequeninos se divertindo já, brincando a vontade. Assim que os lumys avistaram seu dono, foram em sua direção sem hesitar. – Haha, sentiram saudades? Estava feliz ao ver suas criaturinhas agarradas em seus ombros.
ㅤㅤ Sua atenção repentinamente era tomada pela mulher que estava deitada sobre o sofá. Curioso, Hënker aproximava-se e ficava agachado diante da dorminhoca, olhando-a fixamente. – Ei senhorita cigana, se quiser ir para Kovynthor a hora é agora. Alertava enquanto cutucava a bochecha dela com um dos indicadores. Virou-se sem esperar uma reação, caminhou até a porta e a abriu. – Sei que você deve estar um pouco apressada. Pôs-se a caminhar retirando-se dali esperando que ela viesse rápido.

ㅤㅤ Terminando de refazer todo o caminho de volta para a casa, Hënker esperava Volant terminar de destrancar a porta para que assim ele pudesse entrar com Samantha que estava em seus braços. Usou o cotovelo direito para abaixar a maçaneta e com o ombro empurrou a porta. Um pouco afobado e deveras exausto, o rapaz tentou ser o mais delicado possível ao deixar a mulher deitada sobre o sofá. O semblante era de preocupação, mas não sabia muito que fazer. Conferiu se os batimentos cardíacos estavam normal ao sentir a pulsação com um dos polegares. –Ufa... Acho que está tudo bem... O coração está batendo normalmente. Suspirou aliviado enquanto dava passos breves para trás e sentava-se na poltrona a frente do sofá. Os lumys arrumavam seu canto para irem descansar. E logo, sem que percebesse, o drinael também caíra em um sono profundo.

ㅤㅤ Havia caído no sono sem nem perceber. Aos poucos abria os olhos esverdeados e observava uma cena que parecia não ser tão incomum para o drinael; Samantha deitada no sofá. Ela parecia bem, não corria risco de vida, o que despreocupou o rapaz que nunca fora muito ligado nessas coisas de risco de vida e afins. Levantou-se da poltrona, coçou os olhos sonolentos e bocejou. Pegou a mochila que estava em seu pé e a pôs nas costas. Foi até a porta e a abriu. Dessa vez apenas Illuminati estava acordado, por isso Volant e Hell ficariam em casa, não era intenção do rapaz atrapalhar-lhes o descanso.

ㅤㅤ Van der Hënker voltava para casa a tempo de assistir a alvorada bela e poética. Não que ficasse atento a ela... Apenas esperava o dia chegar, como se a partir do nascer do sol, a vida fosse outra, a sorte fosse outra, mas o motivo que o mantinha de cabeça erguida perseguindo seu sonho fosse o mesmo de sempre. Foi com essa filosofia que o elfo abriu vagarosamente a porta da sala e avistou sobre a mesa central seus outros dois lumys; Hell e Volant; enquanto no sofá ainda estava Samantha. Queria gargalhar, pois concluiu que a mulher tinha um sono pesado, mas preferiu respeitar o sono de todos. Caminhou então até a poltrona, onde se aconchegava e descansava os olhos. Em cima de sua cabeça estava seu lumy amarelado dormindo.

ㅤㅤ Acordava ainda um pouco desnorteado. Cambaleava até a árvore na sala para ver as horas. Não enxergava muito bem. Esfregava os olhos e pegava o relógio que estava pendurado na grande planta. – MAS O QUE?! Vamos rapazes! Estamos completamente atrasados! Cem por cento atrasado o rapaz dava um salto de susto e chamava seus companheiros de jornada para se aprontarem para a jornada. A mulher ainda ficava ali na sala deitada, não sabia que decisão ela tomaria, mas para não ser desmancha prazeres, deixou pra ela um bilhete:

"Querida senhorita cigana, fui para Kovynthor e não sei até quando ficarei por lá.
Estou levando a chave titular e deixei a reserva na mesa de centro. Se você quiser
me seguir, fique a vontade. Beijos.
PS: Não roube nada.
Van der Hënker"

ㅤㅤ Enfim saía pela porta em busca de sua tão almejada aventura.