Sala Principal

Puta que pariu! Mas que porra de corpo pesado! Lydell havia amaldiçoado sua falta de preparação durante todo o caminho. devia ter trago um carrinho de mão, ou qualquer merda do gênero. O corpo morto em seus ombros era do dono daquela casa, e ela teve que rondar a droga da floresta inteira atrás daquele chalé. A primeira coisa que fez ao achar as chaves no bolso do morto e abrir a porta foi jogar o corpo no chão e se jogar logo ao lado, arfando de cansaço e estafa. Estava coberta de lama e sangue, e sujou todo o chão. O sangue no corpo do drinael, que havia escorrido pelo profundo corte em seu pescoço, já estava quase seco, mas ainda assim escorria um pouco, formando uma poça mínima no chão. Lydel ficou lá deixada por longos e longos minutos, enquanto respirava com dor. Ainda sentia a fumaça de uma de suas bombas saindo aos poucos. Juntou saliva o suficiente na boca e escarrou de lado, no chão mesmo. Era uma dama. Mas depois de uma boa luta, ninguém dá a mínima para maneiras. Tinha completado sua missão, e agora, era a hora das recompensas. Fechou a porta com um chute forte, e só depois se levantou, com pouco esforço, mas certa dor. A escoriação nas costas a estava incomodando muito. Respirou fundo, e saiu da sala, deixando o corpo lá mesmo. Iria procurar um banheiro, isso sim.

Depois de quase duas horas, Lydell retornara para a sala, onde a poça de sangue embaixo do corpo tinha aumentado um pouco. Era uma boa coisa. Lydell aproveitou uma das toalhas roubadas do banheiro para chupar o sangue do chão, não iria desperdiçá-lo. E era exatamente por isso que ela voltara para sala: para não desperdiçar nada. Aproveitou os cipós que tinha amarrado nos pés do drinael morto e o arrastou para a cozinha, sem nenhuma cerimônia, e com bem menos dor nas costas ou pulmões.